Você realmente conhece seu cliente?

Nesse mundo de métricas, sua empresa oferece apenas bens? E se junto com isso, ela oferecesse valores?

 

 

Por ter uma empresa com apenas 5 meses de funcionamento, ainda estou conhecendo exatamente qual o alcance que ela pode ter dentro da cidade onde moro. Quando começo a estudar mais sobre isso, vejo que esse alcance é menor do que eu gostaria, tendo-se em vista que minha empresa oferece aulas de música no contraturno infantil.
Se boa parte dos pais ainda não se conscientizou sobre os benefícios que o ensino musical pode ter na formação de uma criança, bem capaz que vão pensar que isso pode começar dentro da barriga da mamãe. É difícil competir com contraturno de kumon, curso de línguas, natação e tantos outros esportes.
Aí entram os conhecimentos em marketing. Temos que conhecer nossos clientes! Saber quem são, o que fazem, como vivem, de que gostam; como e em quais meios podemos atingí-los. Mas, será que isso é suficiente? Seguir o clássico modelinho dos P's vai garantir sucesso? Independente do seu ramo, no final das contas, você quer que seu cliente se sinta como mais um número no seu relatório fiscal?
Qual é o seu diferencial?
Presenciei esses tempos a importância que os valores agregados fazem ao seu negócio. Claro que por trabalhar com crianças e suas mães, a emotividade é constante. Mas a empatia cabe em qualquer ramo. O tipo de pessoa que você é afeta diretamente o tipo de empresa que você tem.
É um desperdício gigantesco alguém trabalhar com causas bacanas sendo arrogante. É como ser pediatra sem gostar de crianças ou se envolver com causas voluntárias se preocupando somente com a visibilidade do projeto na mídia pra ganhar dinheiro.
Pois bem, é na empatia que você vai saber conhecer seu cliente além das teorias de marketing de relacionamento. É conversando (direta ou indiretamente) com ele; perguntando o que ele quer e de que ele gosta. O valor que você passa pela empresa é o valor que você tem como pessoa, como por exemplo, se preocupar com família, saúde, um bom ambiente de trabalho...
Se seu comércio é online, por que não inserir detalhes mais humanizados tanto na pré como na pós venda? Uma aba de depoimentos ou um e-mail de confirmação de pedido mais informal e com um agradecimento? Pode parecer um trabalhão, mas adicionar notas de obrigado em cada pacote enviado pode ser a diferença entre fidelizar ou perder um cliente.
Se sua empresa lida direto com o público, por que não interagir mais? A interação não se limita ao contato pessoal. Um cantinho onde as pessoas podem tomar água ou café é uma forma de interação indireta que demonstra que você pensa no seu cliente. Murais de avisos, por exemplo, não precisam se restringir a espaços de funcionários; dá pra usar quadros de avisos pra colocar fotos dos clientes usando as roupas da sua loja; colocar a programação de eventos, promoções; expor os desenhos e trabalhos dos alunos... 
O jeito como o departamento responsável responde os e-mails e até como a secretária atende o telefone e conversa com as pessoas são formas sutis mas não menos importantes de interação que devem ser levadas em consideração.
Sem deixar a seriedade de lado, quanto mais você humanizar sua empresa, mais contato você vai conseguir ter com o seu cliente. E esse contato pode ser a alavanca que você precisa pra aumentar aquela taxa de conversão entre possíveis clientes e clientes. Levar os dias com leveza e empatia faz horrores de diferença. O resultado pode não vir em uma semana, afinal, precisamos de tempo pra consolidar uma imagem bacana no mercado. 
E você, seria cliente da sua própria empresa? Do jeitinho que ela é agora?
fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/voce-realmente-conhece-seu-cliente/82038/

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