Você é empreendedor?

Ser empreendedor não é sinônimo de ser dono de uma empresa.

 

 

 

Quando ouvimos a frase: ‘Aquela pessoa é empreendedora’, a imagem que nos vem instantaneamente à mente é a figura de um empresário, dono de um grande negócio, com terno e gravata. Isso acontece porque se criou esse conceito de que empreendedor é um empresário. Ser empreendedor é algo muito maior que isso e, talvez, essa pessoa não seja nem digna do adjetivo ‘empreendedor’. Então, vamos deixar uma coisa clara: ser empreendedor não é sinônimo de ser dono de uma empresa.

Um exemplo bem claro desse erro é um empresário dono de uma franquia. As marcas que vendem franquias, em sua maioria, têm regras claras e rígidas sobre todos os aspectos do negócio, desde método de trabalho, preços de venda e até qual o percentual do faturamento que será investido em marketing. Neste caso, o empresário não tem liberdade alguma para empreender. Aliás, pessoas inovadoras e empreendedoras fogem deste tipo de negócio, pois é um modelo pronto, onde não se tem liberdade alguma para por em prática o empreendedorismo.

Vejamos o significado de empreendedor no dicionário: aquele que consegue realizar tarefas difíceis; que se demonstra dinâmico ou ativo; arrojado ou diligente (Fonte: www.dicio.com.br). Levando isso em consideração, empreendedor não é a pessoa que abre uma empresa ou é dono de um negócio, mas sim, aquele que busca fazer algo fora do habitual, diferente do que já é feito ou de maneira melhor. Portanto, independente do cargo que ocupa, você pode ser empreendedor. Claro, alguns cargos têm mais liberdade para esta prática, mas todos nós podemos fazer algo diferente, melhorar algum processo e empreender em nosso trabalho.

O presidente de uma empresa tem uma liberdade enorme para tomar decisões empreendedoras, mas, e um funcionário do operacional, onde pode empreender? A resposta é simples, cada pessoa pode empreender até onde sua liberdade e força de vontade deixarem. Vejamos alguns exemplos:

O diretor comercial de uma empresa pode empreender, por exemplo, abrindo um novo nicho de mercado ainda inexplorado, com investimentos em pesquisas, buscando aumentar o faturamento da empresa. Um almoxarife pode mudar o método de entrada e estocagem de mercadoria, para tornar o processo mais ágil e eficiente. O vendedor de balcão pode mudar sua estratégia de atendimento, buscando cativar e fidelizar o cliente. Ou seja, em qualquer cargo pode-se empreender, basta querer. 

O maior desafio para se tornar um empreendedor é fazer desta prática um hábito. Empreender como estilo de vida. Acordar pela manhã e pensar: o que posso fazer hoje melhor do que fiz ontem? Será que se eu fizesse desta forma, não ficaria melhor? Se você tem este hábito, pode se considerar um empreendedor. E tenha uma certeza, depois que esse hábito entrou em sua vida, oportunidades de crescimento profissional aparecerão com uma facilidade incrível.

Então, não fique dando desculpas como ‘se eu tivesse mais dinheiro eu abriria meu empreendimento’. Talvez você não tenha mais dinheiro ou um cargo melhor por falta de empreender no que faz hoje.

Pense nisso e busque sempre fazer a diferença.