A hora da virada: coragem e planejamento definem sucesso de executivos que viram empresários.



Depois de promissoras carreiras em grandes empresas, como GOL e Ambev, Luciano Torrens e Felipe Sommer encaram o desafio de abrir o próprio negócio na área da construção civil
 Tão difícil quanto construir uma carreira sólida e de sucesso em grandes empresas é a decisão de abandoná-la para se arriscar em uma nova e empreendedora jornada. O salto entre a vida de executivo e a de empresário é grande e exige motivação, coragem e muito planejamento para que a “hora da virada” aconteça no momento certo e com potencial para o sucesso. 
Os empresários Luciano Torres e Felipe Sommer passaram recentemente por esse desafiador processo de transformação de suas carreiras. Reencontraram-se em 2013 – ambos trabalharam juntos na Ambev entre 1997 e 2000 – e descobriram objetivos em comum: voltar à região onde cresceram e ter o próprio negócio. “Já havíamos alcançado todos os nossos objetivos na vida corporativa e tínhamos um forte desejo de desenvolver um negócio que nos permitisse retornar ao Sul”, conta Felipe.
Após muita pesquisa, se lançaram em um projeto promissor: levar à região Sul do país uma grande oportunidade de crescimento na área de construção civil. Estudaram e conheceram toda a região, e abriram, então, uma franquia máster da Concretta Escola de Construção, rede de escolas com cursos de capacitação de mão de obra para o setor.
Sommer lembra que não foi tão simples, já que tiveram que conhecer ‘do zero’ o negócio e o mercado que iriam atuar. Passada essa fase, hoje eles buscam outros empreendedores para expandir sua atuação em Santa Catarina. E para quem quer entrar nesse universo, Felipe  aconselha a procurar algo com que realmente se identifique porque, assim, o estudo e a implementação do projeto serão mais prazerosos. “A primeira lição a ser compreendida nesse cenário é que nada vai acontecer se você não fizer acontecer”, aponta Felipe.
A sede da franquia máster, que ficará no município de Palhoça, tem inauguração prevista para novembro, e há unidades com negociações bem avançadas em Lages, Balneário Camboriu  e Joinville. A atuação da Concretta Sul também abrange o estado do Paraná, com unidades em Londrina e Maringá operando desde o ano passado.
A hora certa de parar
Apesar da motivação em comum, de retornar à região de origem de ambos em busca de maior proximidade com a família e qualidade de vida, Luciano e Felipe revelam algumas particularidades ao falarem do momento em que decidiram virar empresários, tal como reformatar toda uma rotina vivida durante anos em grandes companhias. “Na medida em que me aproximei do topo da cadeia de comando, foi surgindo um vazio deixado pela distância da operação. Nesse momento tive a certeza de que era hora de aplicar tudo o que aprendi”, explica Luciano.
“Quando a vida corporativa perdeu o sentido, planejamos onde investiríamos, vendemos parte do patrimônio e corremos para implementar”, conta Felipe, que sempre carregou um estilo empreendedor. “Durante minha atuação como executivo, sempre apresentei características empreendedoras. E ao longo da carreira, somei isso a várias competências funcionais e de liderança. Então essa migração tornou-se algo natural”, revela.
Porém, para ambos a maior recompensa é que agora eles estão dedicando mais tempo às suas famílias. “Essa mudança nos mostrou como perdemos tempo em nossas vidas, e como agora podemos recuperar essa diferença”, finaliza Felipe.
A trajetória da dupla
Engenheiro químico formado na Universidade Federal do Paraná e com MBA em administração na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luciano iniciou a carreira e se projetou para o mercado na Ambev, chamando a atenção da MRS, maior ferrovia em densidade na América Latina. De lá, recebeu convite da Whirlpool, onde mais uma vez se consolidou até resolver participar da reestruturação da Inpar, construtora e incorporadora. De lá, decidiu seguir o caminho do empreendedorismo e escolheu a Concretta como modelo de negócio. 
Felipe Sommer também se formou como engenheiro químico e deu os primeiros e bem sucedidos passos de sua carreira dentro da Ambev. Passou ainda pela GOL - Linhas Aéreas e pela Magnesita, uma mineradora global, antes de ser apresentado à Concretta. E aos 40 anos, viu a possibilidade de, mesmo em um patamar elevado de comando, voltar a participar da operação mais de perto, só que dessa vez como empreendedor.
 Após se unirem com o objetivo de ter o próprio negócio, estudaram a região Sul a fim de chegar a um setor com maior potencial de crescimento. Os sócios vislumbraram na construção civil um segmento em plena ascensão, principalmente em Santa Catarina, onde o setor é responsável por 5% a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. “Segundo o Sindicato das Empresas de Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon), existem hoje 7.098 pessoas prestando serviços em 919 estabelecimentos da área. Esse número poderia ser bem maior se houvesse mais pessoas capacitadas”, comenta Felipe. 
Diante desse cenário e da experiência de ambos com o desenvolvimento de pessoas, surgiu então a ideia de investir em educação voltada ao setor. Por meio de amigos que também investiram e acreditaram no negócio, conheceram a Concretta Escola da Construção, em funcionamento desde 2012. Segundo Luciano, a opção pelo modelo master, ao invés da simples franquia, foi devido à oportunidade de “ajudar a desenvolver o negócio Concretta de forma mais ativa e incorporando nosso método de trabalho e toda a nossa experiência acumulada em gestão de negócios”.
fonte:http://www.segs.com.br/seguros/16667-a-hora-da-virada-coragem-e-planejamento-definem-sucesso-de-executivos-que-viram-empresarios.html
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