O que faz um empreendedor bem sucedido?

Como Jorge Paulo Lemann e seus sócios transformaram empresas de péssimos resultados, em negócios extremamente lucrativos e revolucionaram o capitalismo brasileiro.

 

 

O livro “Sonho Grande”, escrito pela jornalista e palestrante Cristiane Correa, especializada nas áreas de negócios e gestão, foi lançado em 2013 e narra a jornada de sucesso de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da Ab Inbev, Burg King, Heinz e Lojas Americanas. Mas afinal, o que faz um empreendedor bem sucedido?
Jorge Paulo nasceu no Rio de Janeiro e teve desde criança uma vida financeira confortável, estudou nos melhores colégios, inclusive quando foi para os Estados Unidos cursar economia na Universidade de Harvard, onde conclui seu curso em três anos.
Mesmo apesar das regalias, logo no início da carreira profissional, Lemann aprendeu duas grandes lições. A primeira delas é que: é tão importante cuidar das receitas quanto das despesas, uma máxima que nas décadas seguintes ele e seus futuros sócios transformaram em obsessão.
A segunda é que é preciso ter gente boa e bem remunerada em todas as áreas de um empreendimento, inclusive em departamentos que não sejam tão charmosos ou lucrativos. Em parceira com alguns empresários, os sócios compraram a corretora Garantia. No início, essa passou por muitas dificuldades devido a mudanças no cenário econômico do país, todavia logo se firmou na nova gestão.
Inspirado no banco de investimentos americano “Goldman Saches”, que se tornou o mais fluente e poderoso do mundo, Paulo começou a implantar na corretora o modelo de gestão que tinha como marca principal a “meritocracia”. A palavra vem do latim merio, que significa obter, merecer e pode ser definida como forma de atuação baseada no mérito, no qual as posições na organização e outras recompensas são conquistadas pelos colaboradores que atingem os resultados esperados.
Na corretora havia um tipo especifico de profissional que ele estava buscando e que foi denominado de PSD: Poor, Smart, Deep Desire to get Rich (pobre, esperto, com grande desejo de enriquecer), os profissionais que estavam com ele eram pessoas boas e com grande desejo de se tornarem ricas, ele determinava metas duras para serem alcançadas e todos trabalhavam para bater as metas, os salários eram abaixo da média de mercado, no entanto pagavam-se bônus que podiam chegar a quatro ou cinco salários extras. Para Jorge Paulo o que importava, era que todos desde a base se sentissem donos daquele negócio e se dedicassem a ele como tal. 

O bordão “Missão dada é missão cumprida” sempre fez sentido para os sócios, pois em suas concepções, todos deveriam se dispor para servir a empresa em qualquer lugar, a qualquer hora e do modo que melhor contribuíssem para que os objetivos e metas organizacionais fossem cumpridos com êxito.
Anualmente era feito um processo de renovação na equipe, dispensavam em torno de 10% dos funcionários (os piores, os que não atingiam as metas) e contratavam novos funcionários, em geral jovens com muito desejo de crescimento.
O trio de empresários brasileiros formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira é um grande exemplo de sociedade, pois enquanto muitas sociedades empresariais são rompidas, perceberam que juntos poderiam chegar muito mais longe do que se andassem separados, o que podemos associar ao conceito de sinergia, onde a soma das partes se mostra maior e mais eficiente que o todo.
Dentre os valores que os empresários implantam em todas as suas empresas obtendo através deles a eficácia organizacional, está: O respeito, a responsabilidade, colocar a instituição como algo primordial, acreditar que o resultado é consequência do trabalho da equipe. Para eles, não se pode competir com o próprio sócio, muito menos se importar com quem levará o crédito pelo sucesso da empresa. A simplicidade e o corte de custos desnecessários estão entre os valores centrais, o que demonstra a grande preocupação com a saúde financeira do negócio.
Diante dos fatos apresentados no livro, é preciso admitir que juntos os empresários conseguiram de maneira inteligente, ágil e surpreendente tirar o máximo proveito das oportunidades que surgiram em suas vidas. Transformaram empresas de péssimos resultados, em negócios extremamente lucrativos, como foi o caso da Brahma e a Lojas americanas, revolucionando assim, o capitalismo brasileiro.
fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/o-que-faz-um-empreendedor-bem-sucedido/83074/

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