Microfranquias crescem 31% em 2013

A Associação de Franchising informa que o setor teve faturamento de R$ 5,9 bilhões no ano passado
Por Anderson Oliveira

O setor de microfranquias, que são aquelas que têm investimento total inferior ou igual a R$ 80 mil, cresceu 31% em 2013, na comparação com o ano anterior. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do segmento no ano foi de R$ 5,9 bilhões. O crescimento se deve ao maior número de empresas abertas em 2013, que totalizou 17.197 unidades espalhadas pelo Brasil. Com baixo investimento inicial, a microfranquia se tornou uma alternativa de negócio, uma vez que tem garantias que o empreendimento próprio não tem. 

As microfranquias se diferenciam das franquias por conta do baixo investimento necessário para sua instalação. Atualmente, a ABF estabelece que a microfranquia tem investimento máximo de R$ 80 mil. Devido ao menor custo, segundo Maurício Hiromi Matsumoto, consultor de negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), este tipo de negócio tem crescido nos últimos tempos. No entanto, ele alerta, as microfranquias requerem a mesma atenção por parte dos empreendedores. "É preciso verificar se está disposto a seguir regras, pois a franquia tem um modelo pronto", explica Matsumoto. Assim, o investidor precisa conhecer a Lei 8.955, de 1994, a Lei do Franchising, que trata dos direitos e obrigações na relação entre franqueado e franqueador, orienta ele. 

Além destes cuidados, o consultor do Sebrae observa que, mesmo que a franquia já tenha um plano de negócios pronto, é importante que o interessado pesquise antes de fazer o investimento. "Como todo negócio, deve-se pesquisar quem é o franqueador, se ele tem estrutura suficiente para dar suporte ao negócio", diz, acrescentando que o padrão é que o franqueador ofereça todo o know-how necessário. Matsumoto destaca que não é por ser franquia que o investimento está garantido. "É bom que o empresário se planeje, e o Sebrae dá esse suporte", acrescenta. 

O consultor de negócios também acredita que um ponto importante na escolha do melhor negócio é a opção por um setor com o qual o investidor tenha afinidade. "Assim como as outras franquias, exige-se que o franqueado tenha afinidade com o negócio e experiência", conclui. 

Afinidade 

A afinidade com o negócio foi o que levou o casal Antonio Carlos Crepaldi e Mariza Crepaldi a optar por uma franquia do setor de seguros, a Seguralta. Ela trabalhava há 17 anos em uma corretora quando teve o segundo filho e decidiu sair da empresa. Aproveitou a experiência do marido, que atua no setor financeiro, e procurou por uma franquia que atendesse à sua necessidade. "Achei interessante (a franquia de seguros) por causa da experiência que já tinha", explica ela. 

A empresa tem quatro anos e, segundo Mariza, foi um bom investimento. A franqueadora contribuiu com treinamentos, o que deu maior tranquilidade. "No começo, é difícil, porque tem que arregaçar as mangas para entrar no mercado", diz, destacando que o "boca a boca" foi fundamental. "Porque a concorrência no setor é grande", comenta. Ainda hoje a franqueadora oferece suporte para a empresa, acrescenta a empreendedora. "São treinamentos on-line, apoio do pessoal que cuida de sinistros e apoio de marketing", finaliza.

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/543224/microfranquias-crescem-31-em-2013


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