Empresas têm o desafio de encantar a Geração Y
É comum encontrar artigos mencionando que a chamada Geração Y (ou Millennials) vai compor cerca de 50% da força de trabalho até 2020. Mas quantos vão ingressar no mercado de trabalho?
Os Millenials são naturalmente digitais, têm uma compreensão tecnológica diferente e são muito ativos nas redes sociais. Nos próximos anos, vão mudar o significado de "empregado". Uma pesquisa da Universidade de Bentley mostra que apenas 13% deles incluíam como uma meta pessoal "escalar o mundo corporativo". Para 67%, o principal objetivo é começar seu próprio negócio. Há uma década essa tendência não existia.
O que faz essa geração substituir o sonho de ingressar no mundo corporativo pelo de ser um empreendedor? Possivelmente mais do que qualquer outra geração, os Millennials valorizam a liberdade criativa, a independência e a oportunidade de aprender e evoluir profissionalmente ao invés de ficar no canto de um escritório.
Diante do ritmo acelerado de avanço da tecnologia, e da facilidade para começar um negócio, eles não vêem como benefício a batalha para subir na hierarquia corporativa. Consideram mais funcional fazer sua própria pesquisa, parcerias com colegas que pensam da mesma forma e seguir o caminho da criação de uma empresa, tudo isso no conforto de suas casas. Além disso, com a tecnologia e os serviços em nuvem que facilitam o acesso a qualquer solução que atenda às demandas do negócio, os Millennials podem dar passos bem calculados para atingir seus objetivos e alcançar o sucesso, minimizando custos associados anteriormente à formação de uma empresa.
Claro que nem todo integrante da Geração Y vai ter seu próprio negócio. Mas se 67% dos entrevistados têm como principal meta profissional criar uma empresa até 2020, o mercado de trabalho será muito diferente do que conhecemos hoje, incluindo um importante grupo de funcionários virtuais que usará a tecnologia ao seu alcance para se aproximar de empresas e parceiros em todo o mundo.
O desafio para o mundo corporativo será atrair esses jovens talentos e continuar fazendo parte dos planos profissionais da Geração Y.
Por Paula Jacomo: vice-presidente de Recursos Humanos da SAP América Latina e Caribe
FONTE: http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=19282&sid=15