Quando A Preparação Encontra A Oportunidade.

 

 

 

De professor de inglês ao executivo que compõe a lista de bilionários da revista Forbes, Carlos Wizard Martins conta como foi levantar negócios lucrativos, partindo do zero, como o Grupo Multi Educação, a escola de idiomas Wizard e a rede Mundo Verde. Segundo ele, o segredo está na vontade de desenvolver o empreendedorismo, aproveitando os dons, talentos e habilidades naturais no ambiente corporativo.
 
JCS: Conte um pouco como aconteceu a transição da sua carreira de professor, dando aulas de inglês na sala da sua casa, ao grande empresário fundador do Grupo Multi Educação e da escola de idiomas Wizard?
 
Carlos Wizard Martins: Quando ministrava aulas de inglês em casa, pensava como professor. E a maior transformação da minha vida foi começar a pensar como empreendedor. Comecei a dar aulas para um aluno, depois para dois e, quando vi, já tinha uma turma de pessoas interessadas em aprender inglês. À medida que esse número de alunos aumentava, a ideia de empreender ia ganhando força. Foi justamente nessa época que tomei a decisão de empreender, mesmo diante de todos os desafios enfrentados no final da década de 80, dentre eles, a sucessão de planos econômicos frustrados, a frequente mudança da moeda, a inflação em torno de 60%, 70%, 80% ao mês e, até mesmo, o confisco das contas bancárias dos brasileiros.
 
JCS: Você acredita que esse empreendedorismo já nasceu com você ou foi adquirido após anos de estudo em renomadas instituições acadêmicas de fora do País? Para quem não teve essa oportunidade é possível chegar lá mesmo assim?
 
CWM: Acredito que toda pessoa nasce com dons, talentos e habilidades naturais. Algumas desenvolvem esses dons e outras não. Dessa forma, certamente, o empreendedorismo é um dom e precisa ser desenvolvido, como qualquer outro talento, se o objetivo do individuo é atingir o sucesso. Além disso, todo empreendedor é um sonhador. E quando realizamos um sonho, temos outros ainda maiores para realizar. Vale destacar, no entanto, que um dos pontos fundamentais a todo empreendedor é saber equilibrar dois aspectos na condução do seu negócio: o racional e o emocional. Tem muita gente que quer abrir um negócio movido pela emoção. Essas pessoas não progridem. O mesmo acontece se o negócio for apenas racional.
 
JCS: Em seu livro "Desperte o milionário que há em você", encontramos sinalizações de mudança de postura para o crescimento financeiro. No entanto, você não acha que além, obviamente, do preparo técnico, para enriquecer é preciso um pouco de sorte?
 
CWM: Existe um conceito estratégico que costumo afirmar com frequência: o sucesso acontece quando a preparação encontra a oportunidade. A minha experiência de ter ido estudar nos Estados Unidos, com o apoio dos missionários mórmons, teve um grande impacto em minha trajetória pessoal e empresarial. Aqueles jovens americanos jamais conseguiriam imaginar a influência que essa oportunidade teria em meu futuro. Além disso, descobri que quanto mais trabalho, mais sorte tenho. Algumas pessoas não querem pagar o preço do sucesso, não acreditam em si mesmas e em seu potencial de realização.
 
JCS: Estatísticas mostram que 80% das corretoras de seguros faturam por ano até R$ 450 mil e muitos de seus fundadores não sabem o que fazer para promover o crescimento contínuo do seu negócio. O que fazer?
 
CWM: O empreendedorismo e a vontade de crescer nesse segmento devem ser constantes. O mercado está ávido por excelentes profissionais, sendo assim, nada melhor do que um bom planejamento em busca de talentos e oportunidades. Acho importante criar elementos emocionais nos relacionamentos comerciais. Por exemplo, todos os dias, envio dezenas de cartões de aniversário para meus franqueados. Alguns admitem que o cartão que receberam foi a única lembrança da sua data de aniversário.
 
JCS: Durante o 5º Fórum de Empreendedores, você mencionou que no Brasil há ótimas oportunidades de prosperar, principalmente no setor de serviços. Analisando o cenário dos corretores de seguros, quais estratégias indicaria para fidelizar clientes?
 
CWM: Acredito que relacionamento é a palavra-chave nessa atividade. No entanto, não devemos esquecer que o conhecimento também é essencial. Seu cliente precisa enxergar que você é uma fonte confiável, alguém com quem ele possa tirar dúvidas e que ele possa procurar sempre que houver necessidade. Em contrapartida, você deve sempre agir com honestidade, enxergando as necessidades do cliente em primeiro lugar. E nunca esqueça: dedicação e empatia também fazem parte desse processo.
 
JCS: Em suas entrevistas, você costuma mencionar que o empresário precisa formar "um time campeão". Negócios de menor porte costumam ter dificuldade em contratar profissionais especializados por conta do alto investimento. Então, como formar uma equipe eficaz nessa realidade?
 
CWM: O verdadeiro sucesso acontece quando você for capaz de auxiliar outras pessoas a terem sucesso também. Monte uma equipe de talentos, com funcionários com bom desempenho e que se encaixem na cultura da empresa. Ofereça técnicas e capacitação para os colaboradores que realmente estejam empenhados em trabalhar e que entendam do assunto. É importante também observar que os valores da empresa devem ser compatíveis com os do candidato.
 
JCS: Suas empresas operam no modelo de franquias. Como funciona esse tipo de negócio?
 
CWM: O sistema de franchising nada mais é do que uma metodologia de expansão, na qual uma empresa (franqueadora) concede a terceiros (franqueados) o direito de comercializar seus produtos ou serviços, conforme termos pré-estabelecidos, durante certo período de tempo e região ou área específica. Esses franqueados se identificam com o empreendimento e veem nele a oportunidade de firmar-se profissionalmente.
 
A rede Mundo Verde se consolidou como pioneira e líder na proposta de desenvolver o conceito de vida saudável no varejo brasileiro, tornando-se a maior franquia do segmento na América Latina. Estamos presentes em 335 localidades no Brasil. O conceito de filosofia verde e a ideia de oferecer aos consumidores produtos cada vez mais chancelados com a qualidade e a credibilidade são fatores que colaboram para o crescimento da marca. Além disso, há a preocupação com a alimentação saudável, que vem ganhando força entre os brasileiros.
 
JCS: Como consumidor, o que te faz fechar um seguro com determinado corretor? O que esse profissional precisa ter para chamar a sua atenção?
 
CWM: Conhecimento, dedicação e autoconfiança devem ser características intrínsecas ao corretor de seguros. Afinal, ele é o primeiro contato do cliente com o mercado de seguros. A qualidade e a idoneidade do produto e da empresa representados também são essenciais, afinal, do que adianta ser simpático e prestativo se, em um momento crítico como um sinistro, o atendimento não funcionará de verdade?
 
JCS: Para traçar planos de crescimento no próximo ano, o que indicaria aos corretores? Por onde começar?
 
CWM: Faça uma análise do mercado a fim de captar novos clientes, sem esquecer, é claro, de fidelizar os já existentes. Além disso, mantenha contato com pessoas que buscam o serviço por meio de outras ferramentas, como a internet, por exemplo. E por fim, lembre-se de fortalecer sua equipe de vendas, pois o sucesso do passado não garante o sucesso futuro. Isso ajudará bastante na conquista de novos clientes.
 
fonte: http://www.segs.com.br/seguros/28541-quando-a-preparacao-encontra-a-oportunidade.html
 

 

 

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